Segundo MMO os responsáveis do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde e do Hospital Central de Maputo, asseguram não haver nenhum caso de ébola nem pacientes suspeitos de ter contraído o vírus da mesma.
Estes pronunciamentos foram feitos ontem em conferência de Imprensa concedida na capital do país por responsáveis do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde e do Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária do país.
Está reservada ao hospital Central de Maputo a tarefa de avaliar os pacientes suspeitos de estarem infectados pelo vírus da ébola e, em caso de testes positivos, coordenar a transferência dos doentes para o Hospital Geral de Mavalane, local preparado para atender situações desta natureza.
Refira-se que esta reacção das autoridades sanitárias vem abater o boato postos a circular através das redes sociais, dando conta da existência de casos confirmados da doença no país, facto que já começava a criar mal-estar entre os cidadãos.
Segundo João Fumane, director-geral do HCM, o hospital conta, desde Agosto de 2012, com um comité de emergência e trauma responsável pela gestão de crises como é o caso da ébola.
“O órgão, que já foi activado, está a fazer treinamento e consciencialização do pessoal médico nos sectores de primeiro contacto com os doentes, com destaque para os Serviços de Urgência, para que identifique os sintomas da ébola e saiba como agir em segurança para evitar infecções face à sua grande exposição”, disse João Fumane alertando que a febre alta na ordem de 40 graus fraqueza náuseas e vómitos são os principais sintomas dessa doença.
Entretanto o director nacional de Saúde Pública, Francisco Mbofana, referindo-se ao reforço da vigilância nas fronteiras nacionais, explicou que no momento as atenções estão mais viradas para as aéreas, tendo em conta que a ébola, transmitida no contacto com pessoa já doente, não apenas ainda infectada, ocorre na África Ocidental.
Com vista a garantir protecção e evitar que a o vírus da ébola ganhe espaço no território moçambicano equipas de Saúde, coadjuvadas entre outros pelo pessoal de Migração, posiciona-se nos aeroportos de Maputo, Vilankulo, Inhambane, Beira, Tete, Nampula e Pemba, onde procuram viajantes que tenham passado pelos países afectados e submetem-lhes a uma verificação e interrogatório, para além de recolherem contactos para posterior interacção até pelo menos 21 dias após a chegada no território nacional.
Acrescentou que em cenários como estes, o Ministério da Saúde deve ser a principal fonte de informações, e ao abrigo das orientações da OMS não há nenhum interesse em esconder a ocorrência da doença ou de casos suspeitos.
Ainda no quadro de esforços de preparação para a eclosão de eventuais casos, o sector da Saúde está em processo de compra de 2500 unidades de equipamento de protecção do pessoal médico a ser encarregue pelo tratamento dos doentes, que em cada província do país será feito em unidades específicas e não em todas.
Sobre a possibilidade da doença chegar ao país antes dos macacões, capacetes, botas e luvas próprias, o director- Geral do HCM Afirmou que o pessoal médico tem equipamento e treino com os quais pode ir minimizando o contágio e ou propagação da ébola.