Um falso alarme, dando conta que a água fornecida pelo Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) foi envenenada a partir dos furos donde é captada para os tanques elevados, originou uma onda de agitação na cidade de Tete
Segundo apurou a edição de sábado do “Diário de Moçambique”, o boato deflagrou ao princípio da noite de Quinta-feira e se propagou rapidamente na urbe, obrigando os cidadãos a cercarem um dos furos no vale de Nharitanda, ao mesmo tempo que acusavam o guarda de estar a esconder os presumíveis autores de introdução de veneno no referido “poço”.
Pretendiam aqueles cidadãos linchar os supostos autores, daí que exigiam que o guarda os libertasse imediatamente. Mesmo com a presença de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), solicitados para o local, os presentes não se conformavam com o que se dizia.
Depois da propagação do boato, algumas famílias escusaram-se de beber nem preparar alimentos com a água canalizada pelo FIPAG.
Alegavam que uma vez envenenada, não poderia ser consumida aquela água, para evitar a morte massiva de pessoas, à semelhança do que acaba de acontecer em Chitima, uma região de Cahora Bassa, na mesma provincia, abalada pela tragédia causada por envenenamento de uma bebida tradicional, que até aqui já matou 75 pessoas.
O jornal abordou o porta-voz da Polícia na província de Tete, Luís Núdia, que afirmou a sua corporaçã ter sido contactada por “uma fonte bem posicionada' a indicar que havia uma agitação nos furos do FIPAG, por alegado envenenamento da água por um grupo de cinco indivíduos. A Polícia, disse Núdia, destacou uma equipa para o local.
“No local não se constatou nada, pois não havia tais pessoas e nem a água estava contaminada, ou seja, envenenada. É falso alarme, porque aqueles furos estão bem protegidos” – garantiu Núdia.
Segundo ele, uma vez que se trata de falso alarme, a Polícia não deteve ninguém relacionado com este boato.