Citado pela “Lusa”, Armando Guebuza respondeu categoricamente “não” quando questionado se admitia um regresso à política activa, depois de, em Janeiro, ter abandonado a Presidência da República e, dois meses mais tarde, a liderança da Frelimo, partido maioritário há 40 anos.
“Sou antigo Presidente e por conseguinte vou fazer o papel de antigo Presidente, estudando aquilo que posso fazer para dar o contributo no reforço do prestígio deste país”, declarou o ex-chefe de Estado.
Nas primeiras declarações públicas desde a última reunião do Comité Central, Armando Guebuza lamentou “equívocos” sobre a decisão de se afastar da presidência da Frelimo, e apontou artigos na comunicação social que especulavam sobre a sua permanência sem que tenha sido questionado.
Antes da reunião, o porta-voz do partido tinha adiantado que a sucessão da presidência da Frelimo não constava da ordem de trabalhos, mas, no final, Guebuza demitiu-se e deu lugar a Nyusi, terminando as especulações e também a alegada existência de dois centros de poder em Moçambique, atingindo a capacidade de liderança do novo chefe de Estado.
“Já tinha a decisão tomada (antes da reunião), afirmou Armando Guebuza, não esclarecendo em que momento o fez: “Já tinha e isso é que é importante”, observou, acrescentando que a sua escolha “foi a correcta e vai garantir a coesão interna do partido”. [OD]
fonte: folha de Maputo