O Conselho Municipal de Maputo está a analisar condições para o licenciamento da venda de refeições em viaturas, um fenómeno que ganha cada vez mais espaço nas ruas da capital. Neste momento a edilidade está a interagir com os munícipes envolvidos na actividade na perspectiva de pensarem em adquirir viaturas apropriadas para o transporte de comida bem como de locais adequados para a venda, respeitando as formas mais correctas do manuseamento dos alimentos prontos a consumir.
A medida é feita tendo em conta a saúde dos consumidores e o saneamento do meio, segundo informações apuradas pelo nosso Jornal de fonte do Conselho Municipal de Maputo.
Apesar de se aventar a hipótese da regularização da actividade, não há ainda datas para a emissão de licenças.
A actividade é vista como sendo prática na óptica dos consumidores que não dispõem de tempo e recursos suficientes para ir às casas de pasto. Em contrapartida, é contestada pelos proprietários dos restaurantes e snack-bares por se traduzir numa concorrência sem igual, em prejuízo dos que têm obrigações fiscais.
Nos dias que correm a venda de refeições é desenvolvida em qualquer avenida da urbe e nalguns casos violando as regras de trânsito, pois os “carros de comida” são estacionados na faixa de rodagem e/ou até por detrás de outros, embaraçando a normal circulação.
Se por um lado algumas vendedoras têm o cuidado de proteger os alimentos das poeiras, mantendo todas as panelas dentro dos carros, outras há que denunciam fragilidades quanto à higiene de alimentos já confeccionados.
O trabalho preliminar agora em curso visa sanar todas as anomalias identificadas, tornar a actividade regrada e garantir a sua sustentabilidade, evitando-se que o licenciamento abra caminho para que todas as avenidas e bairros da cidade sejam tomados pela venda de comida.
O negócio é analisado numa altura em que o Conselho Municipal, através da sua Polícia, está a retirar informais que exercem a actividade nas avenidas Eduardo Mondlane, Julius Nyerere, Kim Il Sung, Kenneth Kaunda, Joaquim Chissano e Acordos de Lusaka, por estas vias serem protocolares.
De acordo com a Polícia Municipal, a medida está a ser aplicada neste momento devido à proliferação de carrinhas de tracção manual, mais conhecidas por “txovas”, usadas na venda de fruta.
Os “txovas” são associados a embaraços do tráfego rodoviário e antes que o fenómeno atinja proporções alarmantes as autoridades decidiram tomar precauções.
fonte: TVM