O DUELO entre a Liga Desportiva e o Desportivo é o atractivo que abre esta tarde no reduto da primeira formação a 17.ª jornada do Moçambola, uma ronda que tem ainda como prato-forte o “clássico” entre o Maxaquene e o Costa do Sol e que se realiza amanhã, no campo do Afrin.
Estes dois embates, por sinal os mais importantes da jornada, têm ainda como destaques o regresso de dois timoneiros aos comandos das respectivas equipas. Litos, que lhe havia sido aplicado o castigo de um mês de suspensão, volta ao banco da Liga para tentar moralizar a sua equipa, que não ganha há quatro jornadas durante as quais esteve fora do comando. Enquanto isso, Chiquinho Conde, técnico principal do Maxaquene, retoma duas jornadas depois de ter sido imputado uma suspensão preventiva acusado de agressão ao quarto árbitro no polémico jogo entre os “tricolores” e o Ferroviário de Nacala, realizado nesta cidade portuária.
Estes são factores a ter em conta e acabam conferindo muito mais interesse aos jogos, que já pela sua natureza prometem muita rixa, visto que envolvem equipas com renome nesta prova, embora o Desportivo seja a única formação entre as restantes que se apresenta numa situação tão deplorável. Os “alvi-negros” continuam debaixo da linha de água, donde procuram sair sem sucesso desde as derradeiras jornadas da primeira volta. E vão ao encontro duma Liga cujo orgulho anda ferido e que, confortado com o regresso do seu timoneiro, pode comportar-se de forma diferente. Aliás, já deu essa indicação na passada quarta-feira goleando em casa o Ferroviário de Quelimane por 3-0, em partida da primeira “mão” dos quartos-de-final da Taça de Moçambique. Enquanto isso, o Desportivo sofria um revés em Chibuto frente ao clube local, com o qual perdeu no mesmo dia por 2-0. Os gazenses redimiram-se dessa forma do seu carrasco na anterior ronda do Moçambola. Os “alvi-negros” venceram os gazenses por 1-0, resultado que lhes galvaniza para mais batalhas à busca de saída da zona da despromoção.
Enquanto isso, o encontro entre o Maxaquene e o Costa do Sol ganha maior importância pelo facto de envolver dois “colossos” que disputam a liderança, que passou das mãos dos “tricolores” para os “canarinhos” em virtude da vitória destes últimos sobre o Ferroviário de Quelimane. Numa ronda em que o Maxaquene perdia com o Ferroviário da Beira no “caldeirão” do Chiveve. Portanto, os “tricolores” partem para uma batalha que lhes pode colocar em pé de igualdade que o seu adversário, agora com três pontos de avanço. Mas o Costa do Sol está muito motivado e parte para este encontro apostado na consolidação da liderança.
Nas costas do Maxaquene e à espera do seu deslize está o Ferroviário, detentor do precioso terceiro lugar. Os “locomotivas” da capital defrontam, também esta tarde, em Vilankulo, a ENH, que vai melhorando de prestação de jornada em jornada, estando neste momento acima do meio da tabela. Ambos vêm de vitórias, portanto decididos em não sofrer revés, o que permite não avançar prognósticos quanto ao desfecho deste encontro.
Outro encontro não menos importante coloca frente-a-frente os Ferroviários de Nacala e da Beira. Os “locomotivas” nacalenses, no encalço do seu homónimo da capital, têm o privilégio de jogar em casa, onde dificilmente perdem. Mas terão um Ferroviário da Beira que tenta recuperar o seu estatuto e reduzir a distância em relação aos lugares cimeiros.
Por seu turno, o vice-campeão Ferroviário de Nampula recebe o HCB também com o objectivo de melhorar a sua classificação. No meio da tabela, os “locomotivas” recebem um HCB que arrancou uma preciosa vitória sobre a campeã Liga Desportiva, portanto animada e capaz de surpreendê-los. Porém, o factor casa pode ser determinante.
Enquanto isso, o Chibuto recebe o Desportivo de Nacala à procura de uma saída do buraco. Os nacalenses, sobre a linha da água e com os mesmos pontos que o Desportivo da capital, vão a uma batalha que pode precipitá-los para a cova.
Por fim, o confronto entre conterrâneos, nomeadamente Ferroviário e 1.º de Maio de Quelimane. Os “locomotivas” procuram a salvação, perante um adversário que, apesar de estreante, tem sabido estar na prova, daí que o desfecho é imprevisível.
fonte: JN