Tem uma aparência forte, mas está numa situação cada vez mais delicada. O rinoceronte-branco do norte, originário de África, pode estar prestes a desaparecer.
Angalifu, um macho de 44 anos, morreu no final do mês de Dezembro, reduzindo para cinco o número de animais vivos a nível mundial e deixando a subespécie mais próxima de completa extinção. Fertilização in vitro através da subespécie do sul afigura-se como a única salvação dos rinocerontes brancos do norte que, além de problemas de fertilidade, estão a atingir uma idade que não lhes permite ter mais crias.
O rinoceronte -branco do norte que morreu no mês passado em um zoológico de San Diego era a esperança dos cientistas que o cuidavam. Eles esperavam que o animal se reproduzisse com uma fêmea da espécie, mas as tentativas não deram certo.
Em uma declaração, o curador do zoológico Randy Rieches afirmou que a morte do animal é uma perda tremenda, considerando que ela leva essa espécie maravilhosa um passo mais próximo da extinção.
Além da fêmea de San Diego, existem três rinocerontes-brancos do norte em uma reserva do Quénia e outro em um zoológico na República Checa.
Autoridades quenianas já anunciaram que as espécies da reserva não irão se reproduzir naturalmente, sendo necessária a tentativa de fertilização in vitro.
Em 1960 existiam cerca de 2 mil rinocerontes-brancos do norte vivos, maior parte deles na África central. Desde então, caçadores dizimaram a espécie. As razões são várias, por exemplo, na medicina asiática, o chifre do rinoceronte é considerado como portador de poderes de cura, e por isso tem alto valor no tráfico de animais.
fonte: TVM