A venda da divisão de dispositivos móveis da Nokia à Microsoft foi uma jogada que poucos entenderam e que mostrava o interesse da marca em concentrar-se nos seus produtos de core, abandonando uma área que estava já perdida.
Ao ficar com apenas os seus serviços principais esperava-se que conseguisse continuar a desenvolvê-los e melhorá-los.
Mas os mais recentes rumores dão agora conta do interesse da Nokia em vender o seu serviço de mapas Here.
As movimentações que a Nokia tem feito dentro da sua empresa não podem ser facilmente entendidos. Existe um propósito para as alterações que têm surgido, o difícil tem sido entendê-lo.
Depois da venda da divisão de dispositivos móveis à Microsoft, a nokia voltou a lançar um tablet o
Nokia N1 que ainda não viu a luz no mercado Moçambicano, revelando que também quer voltar aos dispositivos móveis, mas noutros moldes.
Tendo ficado com duas áreas que eram de capital relevância, esperava-se que a Nokia continuasse a apostar nelas. A mais integrada na empresa, e ligada aos equipamentos para as operadoras, tem-se mantido forte e cada vez mais especializada, como sempre foi ideia.
A segunda, ligada ao seu serviço de mapas, esperava-se que tivesse um novo fôlego e que fosse uma das apostas. Na verdade essa ideia parecia estar a ser sustentada pela empresa com as recentes novidades que foram surgindo quer para Android quer para iOS.
Mas a verdade é que surgem agora informações, de fontes ligadas à empresa, de que a Nokia se prepara para vender o seu serviço de mapas, isso que pode ser nada bom para Moçambique, visto que o Here maps da Nokia é o único que fornece locais mais detalhados de Moçambique em comparação com o Google Maps. Ainda não existe um nome interessado, mas existe a vontade de dispensar este serviço a terceiros.
As fontes que revelaram esta informação indicaram que a Nokia terá contactado vários possíveis interessados, entre eles a Uber e um fabricante automóvel Alemão.
Segundo os registos financeiros da Nokia o seu serviço de mapas deverá valer cerca de 2 milhões de euros, uma verba acessível a pouco.
Curiosamente esta verba é substancialmente inferior aos 8.1 milhões de dólares que a Nokia gastou na compra da Navteq em 2008.
O interesse na venda do Here pode ser facilmente justificado com a vontade da Nokia em reforçar a sua posição no mercado dos equipamentos de telecomunicações.
Vários analistas dão como certo o interesse da empresa na sua rival Alcatel Lucent, que seria agora mais simples de adquirir, com a entrada destas novas verbas.
Deverá ainda este mês começarem a surgir as primeiras propostas dos interessados na compra do Here. A escolha do vencedor será apresentada mais tarde e nessa altura será conhecido o futuro do Here e do serviço de mapas que tantas empresas da Internet usam.